De todos os lugares de culinária árabe em São Paulo, o meu favorito é o Jaber. Lá tem comida simples e tradicional, sem frescuras e muito saborosa. Tenho frequentado o Jaber desde que cheguei a São Paulo e ele merecia já estar aqui no blog há bastante tempo, mas como é um lugar em que eu vou regularmente, sempre ficava pra fotografar em outro dia, e o tempo ia passando.

Quando o meu conterrâneo lá de Criciúma- SC, o Ricardo Chicuta, (conterrâneo naquelas, porque ele nasceu em São Paulo, mas hoje meio que já trocamos nossas “nacionalidades”) veio passar uns dias por aqui, levei ele e a minha xará Ana para experimentar uma comida diferente.  Já aproveitei para fotografar tudo o que eu precisava para o post.

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Além de pratos quentes tradicionais e do kibe cru com coalhada, babaganush (pasta de berinjela) e homus (pasta de grão de bico),  o Jaber arrasa mesmo nos kibes, esfihas e doces.

Os meus favoritos são a clássica esfiha de queijo, o kibe redondo com nozes e a esfiha de zátar, que é uma mistura de temperos com gosto bem marcante.

Normalmente quem não está acostumado com comida árabe ou não gosta de temperos fortes não gosta da esfiha de zátar. Mas o Chicuta e a Ana adoraram, o que me deixou muito feliz (por saber que finalmente encontrei mais gente que gosta desse negócio).

Depois de nos esbaldarmos com os salgados, fomos escolher a sobremesa. Afinal, o balcão de doces do Jaber é simpelsmente irresistível.

Somente nos sábados o Jaber faz um doce especial, que é tipo um pastel de massa de panqueca americana recheado com nozes, chamado Ataif. Eu gosto, mas acho que os melhores doces são os mais crocantes, como o ninho de pistache ou o recheado de creme. Aquele amarelinho com uma castanha de caju em cima, eu esqueci o nome, mas é tipo uma bolota de farinha com manteiga e açucar. É gostoso, mas já aviso que se você comer um inteiro vai passar dois dias sem vontade de comer mais nada.

E, claro, tudo fica mais gostoso com o “mel” em cima. Digo “mel” porque eles chamam de mel, mas é muito transparente pra ser. Acho que é tipo um melado sem queimar.

A filial do Paraíso, na rua Domingos de Moraes, é a minha favorita, porque olhando de fora parece um boteco.  Lá dentro sempre está o seu Mustafa, um senhorzinho bigodudo e muito simpático, recebendo os clientes. Ele me contou que os restaurantes são do irmão dele, e que eles vieram juntos da Líbia há mais de 60 anos. Ele também disse que justamente essa filial que eu gosto foi a primeira inaugurada, logo que eles chegaram por aqui.

Seu Mustafa é um fofo que dá balas de goma para as crianças.

Mesmo comendo sobremesa no Jaber e ganhando bala do seu Mustafa, ainda fomos tomar uma segunda sobremesa na Liberdade, e ela foi um sucesso absoluto!

Hoje o Jaber tem cinco filiais, inclusive uma bem caprichada na Joaquim Távora, onde acontecem apresentações de Dança do Ventre. Eles também trabalham com Delivery, mas ainda prefiro esse sujinho perto da minha casa. S2!

Jaber

Para saber onde ficam as outras filiais, visite o site do Jaber.

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