A inauguração da Linha Amarela do Metrô foi uma grande alegria pra mim. Mas com o tempo a alegria foi se tornando uma tortura.
Todos os dias, para economizar tempo e energia, eu era obrigada a me submeter a empurra-empurra e lentidão, situação já bem comum para quem utiliza a Linha Vermelha do metrô.
O longo trajeto subterrâneo que liga a Linha Amarela à Linha Verde, nas estações Paulista – Consolação, possui um gravíssimo erro de projeto, e o fuxo de pessoas saindo e chegando é obrigado a se cruzar em um ponto. O brilhante arquiteto que projetou essa coisa BONITA não pensou que estava projetando uma estação de metrô. Deve ter pensado que estava projetando um shopping, sei lá.
Observe no lindo desenho que eu fiz, que vai encher a minha irmã Márcia de orgulho, o que acontece:
Observe o fluxo da linha verde e da linha amarela. O caminho é bem mais longo e tortuoso do que parece no desenho, e com o cruzamento das pessoas a velocidade de locomoção fica mínima no trajeto inteiro, o ar fica viciado, as escadas e esteiras rolantes são desligadas e várias pessoas começam a passar mal (eu).
Amanhã será inaugurada a conexão da Linha Amarela com as Linhas Azul e Vermelha, e todos esperam que o fluxo na Linha Verde diminua bastante, já que hoje todo mundo que vai para as outras linhas é obrigado a desembarcar nela. Mas tem uma pegadinha: aparentemente as novas estações so funcionarão até as 16h, então na hora do rush o problema vai permanecer.
Ontem eu filmei a parte final do trajeto, já nas esteiras rolantes, depois do cruzamento do fluxo e das escadas, só para quem não é de São Paulo ter uma idéia da quantidade de gente que circula. Observe que em vários momentos as pessoas param um pouco, como em um congestionamento de carros. Eu já fiquei um bom tempo “entalada” lá em outras ocasiões.
Se não melhorar amanha eu filmo o cruzamento.
Já virou mania filmar a confusão da linha amarela.
update: Inaugurou a integração com a Linha Vermelha e não resolveu nada! E aí arquiteto, onde está seu Deus agora?
Paguei o maior mico mas filmei mais da arquitetura e do fluxo de pessoas do lugar. Até entrevista eu fiz! Veja no outro post sobre o Trajeto da Linha Amarela.
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Olá, Ana! Primeiro, eu quero agradecer pelo excelente serviço de informação. Tornei-me seguidor.
Bem, eu também não gostaria de presenciar essa queda de energia, imagine a dificuldade pra respirar… Deus nos livre!
Grande beijo.
Obrigada, Felipe!! SEJA BEM VINDO!!
Ah, pessoal, cheguei 2 anos depois ahaha, mas onde eu vejo menos problema é na linha amarela. Pior de tudo é chegar na linha azul e pegar aquele trem abarrotado de gente !! Isso quando não tem tiroteio ou o metrô resolve pifar hahaha
As pessoas andam tão devagar na conexão da linha amarela com a linha verde que o trajeto ja é conhecido como “A Marcha dos Pinguins”
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Agora também desligam a escada pela manhã, também no horário de pico. Como se não bastasse a longa distância entre a plataforma da Consolação e a da Paulista, agora chega-se a ficar parado nas esteiras e escadas “não-rolantes” vários minutos, e também na plataforma – porque o fluxo dos trens é invertido e os passageiros se encontram e se trombam pelo meio. Os vários funcionários ficam simplesmente parados, com os braços cruzados, olhando o caos. Evidentemente essa Via Rápida da Linha amarela não tem competência para dar conta do volume de passageiros que circulam nessas estações, que apesar de ser alto não se compara com a quantidade de usuários da Sé ou Paraíso no mesmo horário (estações que estão sempre lotadas, mas funcionam bem).
Eu também sinto a mesma coisa, que a Via Rápida é uma empresa sem a menos experiencia no setor e nao fazia idéia do que ia acontecer, e subestimou absurdamente o fluxo de pessoas que circularia nas estações.
Eu estava em uma escada rolante quando ela parou de repente, com um tranco. Machuquei o pé e levei um susto, e os funcionarios olhando com cara de paisagem. É uma situação humilhante.
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MEU DEUS! Eu acho que preferiria ir a pé… ou de bicicleta… que agonia!!!!!!
Olha eu ali, ali ali, olha, olha! Ah…. droga. :/
Agora que também estou usando a linha amarela, tava pensando em criar um post sobre isso. Você se antecipou!
Mas esse problema aí é uma cretinice mesmo. Colocam esteira de Jetsons na estação e, andando sem esteira bem do lado, você chega na mesma velocidade com o fluxo. Deus, POR QUÊ?
Aí tem esse imbróglio ali de não poder andar reto e ter de dar uma volta escrota apenas para se chegar a 5 metros de onde se estava, só para não cruzar com o fluxo de trabalhadores.
Essa conseguiu ser a primeira estação do metrô que tem uma fila de policiais trogloditas gigantes só para impedir que alguém tente cortar caminho. Em todos esses anos nessa indústria vital, essa é a primeira vez que isso me acontece.
Aliás, você já usou a estação Butantã, aquela que tem formato de tanque de lavar roupa? Você chega na estação e descobre que ela, tal como a maioria dessas modernosas, fica uns 8 km abaixo do nível do solo, então não pega apenas uma escada rolante como em qualquer estação antiga, estação guri, estação de várzea, estação arte – você tem de pegar umas quinhentas. Logo que chega na estação, com todo aquele aproveitamento do espaço pós-contemporâneo neotrabalhista, percebe que a parada tem UMA escada rolante. Subindo, ok. Mas nem pra colocarem uma outra do lado. Por que algum arquiteto neoniemeyeriano pensou: AH, O ESPAÇO VAZIO VAI FICAR COM MAIS CARA DE VÁCUO INTELECTUAL SE SÓ TIVER UMA ESCADA, QUEM ESTIVER COM MOCHILA E DOR NAS PERNAS VAI LEMBRAR DE MIM QUANDO TIVER QUE DESCER ESSA JARAMARALHADA DE DEGRAUS A PÉ, não é lindo?
É verdade, Flávio! A estação Faria Lima também só tem uma escada rolante, e dá muita revolta ver aquele povo se acotovelando pra pega-la.
A integração com a linha vermelha inaugurou hoje, e não quero desanimar ninguém, mas achei que pelo menos na parte da manhã a transição ia sser mais tranquila, mas continua tao lotada quanto antes. Ou seja. A gente sifu.
Pra variar.
Ana, sobre o teu vídeo, o local que filmaste parece ser ou é parecido com um túnel. Imagina o caos se faltar luz elétrica com todo aquele povo sem enxergar nada. Nem quero pensar. Viva Criciúma. Viva Erechim. Viva a cidade pequena.
Se falta aluz ali fica tudo escuro mesmo, é bem abaixo da superficia, nao tem entrada de luz natural. Existem luzes de emergencia, mas eu nao ia querer estar ali com toda essa gente desesperada!