Hoje temos mais dicas do Alejandro Rubaja, o Enogastrogringo!

Restaurantes em São Paulo onde é possível acompanhar o jantar com vinho e não sair esfaqueado

Não é fácil a vida do apreciador de vinhos em São Paulo; se você decide jantar fora de casa e ousa beber vinho a piada pode sair cara…muito cara.

As armadilhas na cidade partem de empresários que ficam à espreita para te enfiar a faca, se bobear, se baseando nos falsos argumentos que beber vinho é para um pequeno círculo de alto poder aquisitivo, de certa áurea de glamour e exclusividade, prazer de uns poucos.

É bom dizer para estes que na Europa a taça de vinho da casa é mais barato que a água mineral, que no Chile e na Argentina beber vinho com as comidas faz parte das nossas culturas, e você costuma encontrar todo tipo de opções de acordo com seu bolso na maioria dos seus restaurantes.

Não todos os empresários são iguais, claro, e a idéia desta matéria é mencionar e aplaudir aqueles restaurantes que servem boa comida e, ou não cobram a rolha ou cobram uma taxa acessível permitindo você levar seu próprio vinho e completar a sua janta sem perder um rim no caminho.

No primeiro grupo, aqueles que te permitem levar teu próprio vinho e não te cobram nada, são altamente sugeridos Arturito da argentina Paola Carrosella em Pinheiros, Jiquitaia dos irmãos Barros na Bela Vista, o espanhol Maripili na Chácara Santo Antonio, o brasileiro Mocotó na Vila Medeiros, o simpatiquíssimo La da Venda na Vila Madalena e a famosa cantina Walter Mancini na Bela Vista.

Também nesta lista estão as churrascarias argentinas Estación Sur e Martín Fierro, em Jardins e Vila Madalena respectivamente, o chique Santo Colomba, o árabe Almanara em Jardins e o Baby Beef Rubaiyat, em Paraíso… de todos eles só conheço o Almanara, boa opção árabe.

Já no segundo grupo, aqueles com uma taxa de rolha acessível e muito boa comida, com um RPQ (relação preço qualidade) minimamente bom estão o Le Jazz (R$ 25), um bistrô francês que deixou de ser um segredo há muito tempo, com lojas em Pinheiros e Jardins.

Arábia (R$35), o melhor árabe da cidade, que mesmo com preços exagerados é possível fazer uma refeição inteligente e não tão cara (ele participa do Grubster, sistema que dá 30% de desconto na conta final). Arábia possui uma excelente carta de vinhos também a preços camaradas, boas opções na faixa dos 50/70 reais, pelo que não se sugere levar o próprio.

O italiano atendido pelos próprios donos Genova (R$35) é outra boa opção neste grupo, só não vou mais seguido aí, pois mesmo com massas deliciosas eles não têm recheadas, e a lasanha é só por encargo e para um mínimo de quatro pessoas.

A cevicheria Suri em Pinheiros, de Dagoberto Torres, é uma grande escolha, com rolha de 30 reais; também o moderninho Beato e a cantina Buttina em Pinheiros cobram uma rolha acessível, 30 a 35 reais, mas fique esperto com o primeiro, pois as porções dos pratos são bem pequenas.

Não fui ainda, e possuem boas taxa de rolhas, assim como bons comentários gerais da suas cozinhas o Colher de Pau no Itaim (R$30), o Consulado Mineiro em Pinheiros (R$20), o Na Cozinha e o Mimo em Jardins (R$20 e 30).

São Paulo é uma cidade culinariamente fantástica, e o vinho no meu caso vira indispensável na hora de acompanhar uma janta, daí que analiso muitas vezes e escolho o lugar onde acabo indo muito em função da suas cartas de vinhos, ou se são wine friendly.

É possível jantar fora e beber vinho nesta cidade, só é preciso de informação para não cair nas garras daqueles empresários que lucram exageradamente.

A minha lista não está completa, claro, se sintam à vontade de incluir bons restaurantes com taxas bacanas, que eu também estou curioso por saber.

Alejandro Rubaja

Argentino, futebolista frustrado, moro em São Paulo ha 7 anos, Administrador de empresas, observador nato.
Amante da boa gastronomia, do turismo e do gigante e mágico mundo dos vinhos, a minha verdadeira paixão.
Pouco consumista, calculista, anti seguidor de tendências.
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